segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Medo

O mundo não deveria, mas ainda me surpreende, estarrece. Cercados de insegurança, violência e desesperança, perdemos a fé, desconfiamos de tudo, de todos... temos medo, num ciclo de terror que adoece uma sociedade descrente e infeliz. E o medo que engrandecido paralisa, destrói, corrompe.
Mas porque tememos tanto o que nos cerca, se o que mais nos fere carregamos dentro? Na maioria das vezes não é o que nos fazem que nos machuca, mas o que fazemos com o que de fora recebemos.
O medo, conselheiro fiel e guia, pode ser também carcereiro. É então que se torna uma embriaguez doentia. Toma conta da sua vida. É sábio ouvir seus temores, atento, sem covardia, com senso, sabedoria e jamais ser refém dele. Mas se ele já lhe tomou, relaxe, há uma cura. Não importa se as pernas tremem, se a voz falta, siga em frente. A ação cura o medo! Quando ele parecer irracional, incontrolável, lembre-se de quem você é e retome o controle. Encare-se de frente, respire fundo e prossiga. Resgate-se, restaure a crença em si mesmo, e assim, poderá voltar a crer na vida, no mundo, no outro.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Irmão das Estrelas


Hoje perdi um amigão, uma pessoa especial e tão generosa que sempre me acolheu mesmo distante e sem me conhecer pessoalmente. Como eu gostaria que tivéssemos nos encontrado...
Como somos frágeis e como somos tolos. Agimos como se fossemos eternos, planejamos um futuro que não sabemos se existirá e o pior, desperdiçamos nossas vidas esquecendo muitas vezes o que mais importa.
Com o Paulo não foi assim, fez o que lhe coube, dedicou-se ao despertar da humanidade esquecida dentro de nós, ao cultivo da solidariedade e à busca de uma fraternidade que esperamos ser possível, um dia.
Meu irmão, sentirei sua falta, só não ficarei mais triste porque sei que você está feliz definitivamente ao lado dos seres verdadeiramente humanos das estrelas.